Pedra, papel ou tesoura.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Peguei o lápis

a borracha

e o papel.

Olhei, focalizei, imaginei e até admirei aquela folha em branco.

Tentei, tentei, tentei, continuei tentando e nada.

Não sabia se quem tava mais vazio era eu ou o papel.

Mas papel é papel. Não tem sentimento. Ele é branco, vazio.

A gente que rege ele, escolhe a cor, as curvas, se para, continua.

Aquarela, guaxe, giz de cera, lápis, pilot. Se amassa, joga fora,

guarda pra sempre, cria laços, odeia, apaga, escreve de novo.

Se deixa ele em branco, se dá pra alguém. Marionete, que a gente faz o que quer.

João bobo, que vai sendo passado. Que viaja cidades, países, continentes ou apenas corações.

Que é romântico, namorado, casado. Fofinho, te amo pra sempre. Meio antiquadro, na modernidade.

As vezes amarelado, sem querer, não por falta de cuidado, mas sim por não ver.



É branco, é papel. É vazio, é colorido. É aquilo que a gente quer que seja.

Sonho.

0 comentários: